UNIDOS na Missão – 1ª Conferência Mundial de Missões em STP
Os dias actuais pedem unidade. Sem unidade não há progresso algum. Nesse sentido foi realizada em São Tomé e Príncipe, a primeira conferência mundial de missões, em que estiveram presentes os representantes das alianças evangélicas de Angola, Brasil, Guiné Bissau e também de São Tomé e Príncipe.
A visão de criar condições junto ao progresso foi o que impulsionou toda a equipa em 3 dias 19, 20 e 21 de Julho do corrente ano. Para Waldelcir Anacleto – Brasil – São Paulo, fundador e director da escola teológica Luz para as Nações, trata-se de “um projecto para todos os países da língua portuguesa. No caso de São Tomé e Príncipe, sendo a 3ª vez, conforme o ciclo, uma vez que começou por Angola, depois o Brasil e seguirá para Guiné-Bissau”. Este evento serviu de “Momento de muita comunhão, muita interacção entre os colegas, um momento de alegria, um momento também da consolidação, da unidade entre os cristãos evangélicos ao nível da CPLP” – precisou António Mussaqui, representante da aliança evangélica de Angola.
Para ele, a sensação é de “Sentirmos que temos condições de estabelecermos parcerias de trabalho entre as nossas igrejas evangélicas no espaço lusófono, e entre as nossas instituições e dar-nos também oportunidades as diversas instituições nos nossos países, estabelecendo projectos para o desenvolvimento da missão da igreja, porque a realização destas conferências não servem apenas como um momento de ensino, aprendizado, partilha de experiência e de comunhão, mas também é um momento para perceber quais são os desafios que cada país tem, no contexto do desenvolvimento da missão, na proclamação do evangelho, olhando para o lado da formação dos obreiros com cursos bíblicos e cursos de teologia, bem como também olhar para o lado social, aquilo que pode ser a contribuição da igreja no determinado país. E como nós fizemos, onde esse projecto começou em Angola, em 2012, criando oportunidades para a formação, pretendemos que em São Tomé assim aconteça também para os próximos tempos, como um dos outros países do espaço lusófono onde esse projecto será realizado” – argumentou.
Importa lembrar que “o foco da missão é pregar a Cristo. Levar o evangelho lá onde há necessidade da palavra de Deus” – relembrou Joel António, presidente da Aliança Evangélica em São Tomé e Príncipe. Ainda nessa ordem de ideia disse que “a aliança evangélica de STP está a prever e de tempo em tempo congregar, conforme vão chegando os pedidos, dar treinamento sobre o evangelismo e por ai fora. Nesse momento temos um projecto, bastante ambicioso, denominado a grande comissão, em que também todas as igrejas evangélicas em STP, estas que estão filiadas, trabalham juntas para fundarem novas igrejas, ou seja, novas congregações. Temos um projecto, com prazo de 3 anos fundar 200 novas congregações, e na verdade é um projecto que vai levar o evangelho mais além nesta nação.”
Como a unidade faz a força….
“Essencialmente, é um meio que encontramos para que as igrejas, bem como as instituições evangélicas, das comunidades lusófonas possam estar mais próxima, trabalharem em unidade, cooperação, promovendo juntos a glória de Deus, mas permitindo que todos juntos possamos apoiar-nos mutuamente nos diversos países para vencermos as diversas dificuldades que em alguma parte se torna obstáculo no avanço do evangelho. Sem a unidade se torna difícil alcançar grandes metas, e como em África somos sempre a favor de caminharmos juntos e não caminhar sozinho.
Nós apelamos que todos participem, porque este projecto não visa tratar de doutrinas particulares das diversas igrejas, mas sim focar naquilo que é essencial, que é a pessoa de Jesus Cristo, a Palavra de Deus, que são elementos essenciais de toda a missão da Igreja. Que todos participem, que todos abracem esse projecto, porque na verdade só temos a ganhar com os resultados que se conseguem num projecto como esse, para dar exemplo, começamos agora a falar da necessidade de criarmos condições para o estabelecimento de instituições de formação teológica em São Tomé e Príncipe, então não tem porquê as pessoas não participar. Que todos caminhemos juntos para glorificar do nome de Jesus, para fazermos grandes coisas que não só glorifiquem a Deus mas tragam dignidade às igrejas, às instituições e que nos fortaleçamos e que juntos possamos contribuir para nossos países, porque a Igreja e o evangelho trabalham para o bem estar das pessoas e dos países. Nós sabemos que existem coisas que o nosso governo não conseguem fazer por si mesmo, por diversas razões. Se a igreja pode dar a sua contribuição e é dado em unidade, nós podemos considerar isso uma mais valia, por isso nosso apelo vai para aqueles que ainda resistem abraçar a causa de promoção da unidade evangélica entre as igrejas.” – explanou Pr. António Mussaqui.
“Algumas pessoas não fizeram-se presente no evento, creio eu, por motivos de terem cultos no mesmo dia do evento, e nesse vai e vem, e uma vez que ainda não estão habituadas, daí o motivo de alguns não aderirem ao evento, todavia deixo um apelo para que se importem, de modo a mostrar mais unidade entre as igrejas para a sociedade. Estamos num momento em que a nação clama pela unidade. A classe política e a sociedade em geral não entendem, há cada vez mais desentendimento na família, mais violência, mas a igreja deve ser um exemplo de entendimento. Que na próxima oportunidade possam comparecer mais e fazer entender que somos sal da terra e luz do mundo.
Para os ouvintes da Rádio, deixo a palavra “unidade”. Estamos numa altura, alías, não é só nessa altura, em que o ser humano precisa de estabilidade, paz, conforto e não há nenhuma dessas coisas, nem progresso, aonde não há unidade, onde cada um puxa pro seu lado. Espero que STP conheça novos tempos e que haja entendimento para que o país possa seguir o rumo do progresso.” – finalizou o presidente da Aliança Evangélica de São Tomé e Príncipe.
Fim
Texto: João Batista /Imagens: Celso Pontes