“Violência” aos Idosos – dissertação de Mestrado
“A falta de amor na sociedade tem causado maus-tratos aos idosos” – Dra. Paula Madre de Deus
A casa CACAU foi palco de uma dissertação, onde se aprimorou a perda de valores que vem se alastrando na sociedade de São Tomé e Príncipe. A discussão de resultados, feita pela Dra. Paula Madre de Deus, nesta quarta-feira, 20 de Abril do corrente ano, mostrou que além desta sociedade, em várias partes do mundo, os maus-tratos aos Idosos é uma preocupação que precisa de ser enfrentado.
O Grande problema social
Paula Madre de Deus, licenciada em Serviço Social, desenvolveu o seu mestrado em Serviço Social: Riscos e Violência nas Sociedades Atuais, Análise e Intervenção Social na ULHTL-UL/Portugal demonstrou que houve “muitas dificuldades”, na elaboração da sua tese, uma vez que “não há um trabalho de investigação sobre maus-tratos aos idosos” no país.
A situação dos Idosos em São Tomé e Príncipe está norteado por um excesso de ignorância, entre todas as idades, dependendo do nível de educação e do convívio familiar, e caracterizada pelo nível de pobreza que os mesmos enfrentam.
O caso dos Idosos
No seu trabalho, descobriu que a base de inúmeros maus-tratos está enraizada em ‘crendices‘ das pessoas, a falta do amor ao próximo e “ a falta de humanismo”, por parte inclusive dos seus familiares. Esses maus-tratos que além de agressões físicas, incluem agressões verbais, acusando-os de “fitxicêlu”, ou seja,”feiticeiros”.
De salientar que os idosos, por carga da idade precisam de certos cuidados, e estes não os vendo, tornam-se mais frágeis, vulneráveis e indefesos diante das acusações dos mais fortes, sobretudo em situações de pobreza.
É importante lembrar que o desumanismo, o resfriamento do amor, conforme nos mostra as sagradas escrituras, é sem dúvidas a prova da perdição dos homens (1João 4:8), mostra o quanto a falta de cuidados gera violências. Para a Dra. Paula, a causa dessas violências é porque não existe “afeto entre pai e filho”.
Medidas Sociais
O evento que além de ser presencial com dezenas de convidados, contou com a transmissão em direto pelo Facebook, com a presença da Prof. Dra. Hélia Bracons Carneiro, da Universidade Lusófona Humanidade e Tecnologia – ULHT-UL, que felicitou o trabalho dissertado e deixou claro a verdade ali desenvolvida.
Com a projecção do trabalho “Fitxicêlu” da jornalista Maria Lima, a Dra. Paula destacou a importância de órgãos sociais terem mais responsabilidades na protecção de direitos humanos, na questão de “formação para que as pessoas sejam sensíveis“, além de demais das tarefas necessárias em prol da humanidade.
A Visão bíblica social
A Bíblica chama de homicida aos que agridem aos pobres e necessitados, como é o caso dos idosos em São Tomé e Príncipe (Jó 24:14) e “vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele” – 1 João 3:15, ou seja, este acto vil terá a punição do Senhor (Rm 12:19).
É importante saber separarmos comportamentos de agressões aos idosos em virtudes de superstição das pessoas e de factos não comprovados. Acusar alguém de feitiçaria, sem um devido estudo, análise e provas também é considerado um crime e Deus não deixará impune (Pv. 19:9) Portanto é preciso evitarmos o dito pelo não dito.
A aplicação do amor
Na conclusão desta dissertação, a mesma lamentou que “não existe o amor próprio” entre os tais familiares inclusive. Para a Pró-reitora da USTP (Universidade de STP), Dra. Nazaré Ceita, foi “extraordinário” a visão dissertada, uma vez que “os [idosos] deixaram de ser respeitados” por conta da desestruturação social.
No entanto, a diretora do Lar Simôa Godinho, Elsa Costa, sublinhou que “os mal-tratados não têm sido abrigados”, apelando ainda para que as pessoas “tenham mais atenção, apesar das visitas [e] apesar das ofertas”, pois, como diz a Palavra de Deus “não nos cansemos de fazer bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.“ Gálatas 6:9
De acordo com as Sagradas Escrituras, a Bíblia fala em 1 João 4:8 que devemos amar a Deus e aos nossos irmãos porque “aquele que não ama, não conhece a Deus, porque Deus é amor”.
Esta apresentação contou com apoio de:
Fim