Corbã – invalidação da lei de Deus através da tradição
Será possível invalidar a Lei de Deus através das nossas práticas? Ou será que se existir alguma questão na Bíblia em que não concordo, posso fazer Deus aceitar as minhas alterações acontecer?
Hoje, falámos sobre Corbã ou Corban: a técnica usada para Invalidação da lei de Deus através da tradição.
Sugestão de leitura: Marcos 7:1-23 (ênfase nos versículos 10 à 13), Mateus 15:5 e Cap23:18.
Neste artigo, você vai encontrar: O que significa Corbã?, Coisas semelhantes, o slogan “propriedade exclusiva de Deus”, o perigo de ser tradicionalista, a mente de Cristo e as práticas “desnecessárias”.
O que é ou significa Corbã?
Corban – é uma palavra hebraica que tem significado ou indica um “presente, uma oferta, algo consagrado exclusivamente a Deus”. Segundo o comentador da Bíblia, Alberto Barnes, “os judeus tinham o hábito de fazer tais dedicações, ou seja, era uma forma de obedecer a palavra de Deus (veja Salmos 76:11 e Deuterenômio 23:21).
Entretanto, a lei de Deus exigia que um filho honrasse seus pais, isto é, entre outras coisas, quando esses estivessem velhos e angustiados. No entanto, se o presente já foi consagrado, mesmo estando ainda sob a sua gestão, ou posse, esse tipo de dedicação ‘valia ou estaria’ acima de qualquer coisa.
“Por exemplo, se você deu a Deus um edifício, embora estando em sua gestão, nunca mais poderás deixar alguém ali habitar, a não ser pastores”.
Portanto, os “professores” judeus sustentavam que ‘você’ já não precisa se preocupar, pois a coisa mais importante em questão era “dar a Deus” (…).
O Versículo 13c – “Coisas semelhantes”
Criar actividades, ideias ou certas regras além de requerer a observância explícita da Palavra de Deus exige uma certa lógica, coerência, dentre outros valores implícitos. Entretanto a família, o amor ao próximo não podem ser ignorados, como podemos ver em certos lugares.
“Dessa maneira, os líderes apossavam dos bens do povo e podiam apropriá-los para o seu próprio uso, sob o pretexto de devotá-los à religião (…)” – recordou Barnes.
“Propriedade exclusiva de Deus” – slogan
Certamente você já viu esse autocolante, adesivos em vários lugares, certo? Jesus não pretendia condenar a prática de dar ou consagrar a Deus alguma coisa, aliás, qualquer gesto puro, sincero tem um elogio “certo” do próprio Senhor Jesus (veja, Marcos 12:44). Mas o Senhor condena a prática da aparência de piedade (veja, II Timóteo 3:5), sendo uma desculpa esfarrapada que muitos dão ao invés de ajudar ao seu próximo.
Não seja “tradicionalista”!
É verdade que não podemos desenvolver as coisas sem partir de ‘alguma rotina’, deixado pelos nossos antepassados, entretanto não podemos esquecer o valor da (essência) humanidade, do amor ao próximo, do cuidado em não errar o alvo, ou seja, em pecar (torna-se estúpido), sobretudo perante os dias em que estamos em que as pessoas cínicas, frias e indiferentes têm aumentado de algum modo.
Cuidado com “obedece só!”, como sugestão de fé imposta por alguns líderes religiosos, como se diz, “nem tudo o que reluz é ouro”.
Precisamos ter/buscar a mente de Cristo
“Essa conduta era semelhante ao costume de certas pessoas que legam a herança de seus filhos à igrejas ou a usos religiosos; seja pelo teor da consciência, esforçando-se para comprar o reino da glória, ou através de persuasão de ‘líderes mercenários’ interessados” – alertou Adam Clarke.
Achar que a sua doação trará salvação (à si e à sua família), ignorando outros mandamentos, é uma hipocrisia, e inclusive, que tem trazido certo um “escândalo” ao bom nome de Cristo nas igrejas.
Práticas sem graça
É comum haver aplausos a líderes, fazendo-os inchar-se, por este ou aquele facto, que bem lhe competia, ou seja, era seu dever de fazê-lo (veja Colossenses 2:18) Atitudes de envaidecimento, não têm louvor diante de Deus (veja, Deuterenômio 32:21; I Reis 16:13, II Reis 17:15, Jó 15:31, Salmos 4:2 (…) II Pedro 2:18).
Alertamos para se lembrar o significado da palavra Vaidade: “excesso de valor dado à própria aparência, ao atributos físicos ou intelectuais, caracterizado pela esperança de reconhecimento e/ou admiração de outras pessoas: demonstra excesso de vaidade ao falar; decidiu fazer caridade por vaidade pura.”